domingo, 10 de junho de 2007

Causas da revolução francesa

As causas da revolução são remotas e imediatas. Entre as do primeiro grupo, há que considerar que a França passava por um período de crise econômica após anos de prosperidade. A participação francesa na guerra da independência norte-americana, os elevados custos da Corte de Luís XVI e a crise na agricultura, tinham deixado as finanças do país em mau estado. Os votos eram atribuídos por ordem e não por cabeça (1- Nobreza, 2- Clero, 3- Terceiro Estado ou Povo), havendo grandes injustiças entre as antigas ordens, ficando sempre o Terceiro Estado altamente prejudicado ante a aprovação das Leis. Os chamados Privilegiados estavam isentos de impostos, apenas uma ordem sustentava o país, deixando obviamente a balança comercial negativa ante os elevados custos das sucessivas guerras, altos cargos públicos e os supérfluos gastos da corte do rei Luís XVI.

O rei Luís XVI acaba por convidar o Conde Turgot para gerir os destinos do país como ministro e implementar profundas reformas sociais e economicas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_francesa

Guerra Francesa

Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).

A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais na França e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean Nicolas Pache.

Terminaram os privilégios da nobreza e do clero, um primeiro passo no sentido do igualitarismo. É importante lembrar que a Revolução Francesa semeou novas ideologias na Europa, conduziu a guerras, mas foi até certo ponto derrotada pela tentativa de retornar aos padrões políticos, sociais e institucionais do Antigo Regime através de um movimento denominado de Restauração ou Contra-Revolução. Nesse período, o rei francês Luís XVIII outorgou a seus súditos uma Carta Constitucional.

A Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro grandes períodos: a Assembléia Constituinte, a Assembléia Legislativa, a Convenção e o Directório.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_francesa

sexta-feira, 11 de maio de 2007

A importância da cachaça para o Brasil

Com o movimento gastronômico brasileiro, a cachaça passou a ser reconhecida, valorizada e até festejada por um público interessado na cultura do nosso regionalismo. Já não é raro encontrá-la exposta com destaque em elegantes restaurantes e bares, ou mesmo reconhecer seu sabor dando um toque especial a pratos de conceituados chefs de cozinha.

Mas poucos sabem que a bebida já foi usada para curar diversas moléstias, e é consumida em festas religiosas. Apenas na internet há uma infinidade de sites dedicados à divulgação da cachaça que tratam desde a divulgação dos processos de fabricação artesanais até a indicação de receitas, drinks, marcas e associações que garantem o seu “selo de garantia” ao produto.

Pertence à família das aguardentes (água ardente ou ácqua ardens, termo utilizado pelos gregos), feita à base de cana-de-açúcar, leveduras e água. Seu processo de fabricação se inicia com a moagem da cana, que produz um caldo ao qual adiciona-se água que, sob o efeito de leveduras, entra em processo de fermentação. Passada para os alambiques, é destilada, aquecendo-se o caldo (garapa) que vai concentrar o álcool.

Como o álcool tem um ponto de ebulição mais baixo que a água, ele se desprende da garapa primeiro, originando o que se chama de “cachaça de cabeça”, com alta concentração alcoólica (cerca de 75o GL). Com maior tempo de destilação, cada vez mais água vai sendo adicionada à cachaça, originando a “cachaça do coração”, ideal para ser industrializada. A “cauda” é o resultado final, onde quase todo o álcool entrou em ebulição, sobrando apenas impurezas.

A partir daí, pode-se engarrafar ou envelhecer a bebida, onde a oxidação do álcool é que vai garantir um sabor diferenciado ao produto. Para tanto, é necessário um recipiente que permita a entrada de ar, sendo que os de madeira são mais apropriados. No Brasil, a legislação brasileira define que o produto alcoólico deve possuir um teor entre 38o e 54o GL.

Um pouco da história

A cana-de-açúcar é o elemento básico para a obtenção de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. Originária da Ásia,a planta tem seu cultivo registrado desde os tempos mais remotos. Os egípcios costumavam inalar o vapor de líquidos aromatizados e fermentados na cura de diversos tipos de doenças e os gregos foram os primeiros a falar em ácqua ardens (água que arde). Na mão dos alquimistas, a “água que pega fogo” adquire propriedades místico-medicinais e se transforma em água da vida, receitada como elixir para adquirir vida longa.

Da Europa para o Oriente Médio, cada povo aperfeiçoou os processos de fermentação e descobriu novas tecnologias de produção, dando um nome diferente ao destilado. No Brasil, a cachaça chegou trazida pelos navegadores portugueses e não demorou a se tornar moeda corrente para compra de escravos na África. Senhores de Engenho dividiam a atenção entre a produção de açúcar e cachaça.

Com a descoberta do ouro na região das Minas Gerais, a grande população que correu para aquele local utilizava a cachaça para se aquecer do frio das montanhas, disseminando o consumo da bebida pelo interior do país. Sua fabricação artesanal e valor, fizeram com que escravos e índios também se dedicassem a sua fabricação e consumo. Como isso atrapalhava os interesses dos senhores de Engenho, a fabricação da cachaça foi proibida legalmente.

Este fato gerou um número muito grande de alambiques clandestinos e deu origem ao preconceito em relação ao seu consumo. Por muito tempo, o destilado passou a ser visto como uma bebida popular, mas esse conceito mudou com o passar dos anos.

A redescoberta do valor da culinária regional e os investimentos que as empresas produtoras vêm fazendo no sentido de valorizar o produto através de um trabalho de marketing fizeram com que a bebida passasse a ser vista com outros olhos.

terça-feira, 8 de maio de 2007

A origem da cachaça

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou! O que fazer? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo (fermentado). Não pensaram duas vezes. Misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. O "azedo" do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Era a cachaça, já formada, que pingava. Daí o nome "PINGA".

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores, ardia muito. Por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE". Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Então, sempre que queriam ficar alegres, repetiam o processo. Com o tempo a fabricação da cachaça foi sendo aprimorada e caiu no gosto da população em geral. Hoje em dia é artigo de exportação.

Texto: Museu do Homem do Nordeste, Fundação Joaquim Nabuco, Recife – PE